Por Ricardo Aurélio
Educar financeiramente não é apenas explicar o que são despesas e gastos, desejos e necessidades e, poupar e investir.
É necessário retornar à história do nosso país e entender, compreender e saber alguns aspectos
primordiais da economia do Brasil, como a constante troca de moedas.
Poucos sabem mas, o Brasil já passou por sete trocas de moedas. A atual, o real, já está em circulação a mais de 27 anos e se tornou até então, a moeda com mais tempo de circulação em nosso país, mostrando assim, uma relativa estabilidade e um controle da inflação. Mas porque, precisamos saber disso? Devido a inflação.
A inflação, em poucas palavras, é a desvalorização do real em relação aos produtos os quais compramos. Logo, quando não se consegue controlar a inflação, o valor futuro da moeda “acende” o sinal vermelho e faz com que seja muito mais vantajoso gastar dinheiro comprando do que poupando, justamente por não sabermos o quanto a moeda irá valer no dia seguinte (aqui, relembramos do período antes do real, onde todos os dias mudavam os preços devido as oscilações da inflação).
Ciente disso, o papel da educação financeira no Brasil, é nortear os hábitos de consumo da população. Gerações passaram por momentos de incertezas e essas incertezas moldaram as suas relações com o dinheiro. Porém, isso não significa que a geração atual siga o mesmo caminho. E para isso, há a necessidade de uma metodologia. Tal metodologia será responsável por aplicar técnicas e processos que facilitem o aprendizado, empregando princípios como o empoderamento e estimular a propor soluções para os problemas, assim como, pesquisas e debates, os quais são necessários para o fortalecimento do conhecimento.
Toda essa jornada tem como objetivo final, a independência financeira como também, a independência “dos outros”. A falta de conhecimento é o principal fator para que nós, seres humanos, sejamos dependentes de qualquer coisa ou pessoa. Só gastamos de forma descontrolada por que não conhecemos a inflação e porque, as gerações anteriores nos ensinaram “desse jeito”.
Sem conhecimento, podem nos moldar e modelar da forma que bem entenderem, e assim, nos pressionar a aceitar a “verdade”. Se eu fosse um governante, não me importaria com o que os grandes empresários, ou com bancos que falidos. Eu, instituía a educação financeira como matéria obrigatória na base nacional comum curricular. Conhecimento é um direito de todos, pois, apenas com conhecimento, teremos condições de distinguir com clareza a “verdade”.
Ricardo Aurélio é aluno de nossa Pós e Gestor financeiro. Acompanhe mais de sua carreira através do IG: @aureliofloriano
Adorei o conteúdo. Enriquecedor. Importante não silenciamos e levarmos informações sobre educação financeira cada dia mais.